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Entenda os benefícios do hábito da leitura para as crianças da geração Alpha, que nasceram e vivem no mundo conectado.
Praticamente todo mundo concorda que ler faz bem para as crianças. Mas como? E por quê?
Sabemos que a leitura na infância estimula a criatividade, o desenvolvimento da linguagem, a aquisição de vocabulário e o aprendizado da escrita. Neste artigo, vamos analisar o que é que torna a leitura ainda mais importante para a nova geração, chamada de Geração Alpha. Entenda como esse hábito pode influenciar o desenvolvimento das crianças Alphas!
O que é a Geração Alpha?
As crianças nascidas a partir de 2010 formam a mais nova geração, chamada Geração Alpha. São os filhos da geração Millennial: tudo ao redor dos Alphas, começando por seus pais, está constantemente conectado à internet.Por isso, são conhecidos como nativos digitais.
A tecnologia é uma extensão de sua vida e se tornou a principal forma de conhecer e interagir com o mundo. Muito se fala sobre os Alphas serem a geração mais inteligente de todas, mas esta percepção se deve em parte por essas crianças estarem inseridas em um ambiente com estímulos constantes.
Os estímulos na infância
As crianças que pertencem à Geração Alpha são expostas a estímulos constantes, muito devido ao ambiente tecnológico em que vivem desde cedo. Eles estão acostumados a alternar entre telas, brincar com jogos interativos, buscar informações rapidamente… Pulam de aplicativo para aplicativo, tela para tela, vídeo para vídeo, em busca daquilo que atrai seu interesse.
Esses hábitos, construídos desde cedo na infância, podem ter como consequência uma redução na habilidade de atenção, e o resultado é que as crianças da geração Alpha tendem a ficar entediadas muito facilmente.
Os resultados de cada tipo de estímulo
Um estudo publicado recentemente encontrou algumas respostas sobre o que pode estar acontecendo dentro do cérebro de crianças da Geração Alpha, frente a diferentes tipos de estímulos. O responsável pelo estudo, Dr. John Hutton, é pesquisador e pediatra no Hospital Infantil de Cincinnati, com um interesse especial em “alfabetização emergente”, ou seja, o processo de aprender a ler. Segundo ele, alguns tipos de estímulos podem ser “muito frios” para crianças, enquanto outros são “muito quentes”. E da mesma forma, alguns são estímulos “na medida certa”.
Para o estudo, foram analisadas as atividades cerebrais de 27 crianças por volta dos 4 anos de idade. Elas foram apresentadas a três tipos de estímulos, baseados no mesmo conteúdo: áudio-livros; narração acompanhando um livro com textos e ilustrações; e um desenho animado. Enquanto as crianças prestavam atenção nessas histórias, uma máquina analisava a ativação das regiões do cérebro e conexões neurais.
Os resultados foram reveladores. Com o estímulo do áudio-livro, conexões de linguagem foram ativadas, mas houve menos atividade no cérebro em geral. A conclusão foi que as crianças tinham que se esforçar mais para compreender a história.
Com o desenho animado, houve muita atividade nas regiões de percepção visual e de áudio, mas não houve muita conectividade entre as diversas redes cerebrais. “Nossa interpretação foi que a animação estava fazendo todo o trabalho para as crianças. Elas estavam gastando mais energia apenas para acompanhá-las.”, disse. Segundo o pesquisador, a compreensão das crianças sobre a história foi a pior nessa condição.
Por último, o livro com ilustrações foi o que Hutton chamou de estímulo “na medida certa”. Quando as crianças viam as ilustrações ao invés de prestar atenção apenas às palavras, o estudo demonstrou que o entendimento sobre a história foi incentivado por poderem usar as imagens como pistas. Mais importante ainda, com o estímulo do livro ilustrado os pesquisadores viram uma maior conectividade entre todas as redes cerebrais analisadas.
O papel da leitura na Geração Alpha
Em crianças de até 5 anos, as redes cerebrais ainda estão em desenvolvimento e não são totalmente integradas. Hutton explica que incentivar essa integração é muito importante na Geração Alpha que hoje está nessa faixa-etária, e que estímulos como desenhos animados se mostraram menos eficazes para isso.
Através da leitura, as crianças são estimuladas a fazer mais conexões e usar a mente para dar vida à história, usando redes cerebrais de forma ativa. Os livros infantis ilustrados incentivam a habilidade de formar imagens mentais baseadas no que lêem, refletindo sobre o conteúdo da história.
E há ainda mais um fator importante: o elo emocional e a proximidade física, segundo Hutton, tornam a experiência de leitura ainda mais benéfica. Quando um adulto lê interagindo e estimulando a criança com perguntas, cria-se uma camada totalmente diferente de aprendizados.
Para as crianças da Geração Alpha, imersas em tecnologia e estímulos cada vez mais excessivos, o momento de leitura em família é um convite à construção de aprendizados mais significativos e conectados a suas memórias afetivas.
Leia mais: 5 benefícios dos livros personalizados para as crianças
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