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Conheça os benefícios dessa brincadeira que estimula os cinco sentidos e descubra como fazer uma caixa sensorial para as crianças.
Você sabia que praticamente todo o aprendizado da primeira infância acontece a partir dos cinco sentidos: visão, olfato, paladar, audição e tato? Desde que o bebê nasce, seu cérebro faz conexões entre os neurônios que transmitem e armazenam informações. Essa atividade é mais intensa até os 7 anos de idade. Estimulando os cinco sentidos nessa fase, os neurônios são ativados. Por isso, fazer atividades sensoriais com as crianças é tão importante.
Pensando nisso, a Dentro da História criou o livro personalizado Hora dos Sentidos da Galinha Pintadinha, que transforma as crianças em personagens de uma história que estimula a explorar o mundo usando os cinco sentidos e descobrindo incríveis sensações. E para complementar essa experiência, temos uma sugestão de brincadeira: a Caixa Sensorial!
A seguir, você vai entender o que é uma caixa sensorial, para que serve, e como criar a sua para estimular os sentidos das crianças.
O que é uma caixa sensorial?
Uma caixa sensorial é normalmente uma caixa de papelão ou outro recipiente grande cheio de objetos selecionados para estimular os sentidos. A caixa sensorial ou tátil pode ser preenchida com uma grande variedade de materiais, desde papel picado, folhas secas, areia e muito mais. Essa atividade é como um mundo de descobertas: estimula o livre brincar e oferece oportunidades infinitas para a criança experimentar e aprender.
Qual o objetivo da caixa sensorial?
A caixa sensorial pode fornecer oportunidades para as crianças estimularem algum sentido específico ou todos os sentidos de forma integrada: a visão, a audição, o tato, o olfato e até mesmo o paladar. Esse brinquedo feito em casa tem como objetivo estimular a coordenação motora fina, ao mesmo tempo em que faz com que a criança experimente diferentes sons, texturas e novas formas de olhar.
Para que idade a caixa sensorial é recomendada?
As caixas sensoriais são uma brincadeira maravilhosa para apresentar às crianças de até 3 anos de idade. Elas estimulam exercícios sensoriais que trabalham a psicomotricidade fina, ou seja, ajudam a desenvolver a capacidade de manipular objetos e usar a mão e os dedos de forma precisa. É instantâneo o interesse das crianças dessa idade tanto pela caixa em si quanto pelo que tem no seu interior: elas naturalmente colocam a mão dentro da caixa para começar a pegar os objetos.
Para as crianças de faixas-etárias mais velhas, a caixa sensorial pode ser trabalhada de forma mais direcionada, estimulando a criatividade para criar cenários dentro da caixa com diversos tipos de materiais.
Quais são os benefícios da caixa sensorial?
Há muitos benefícios em brincar com caixas sensoriais. Para começar, a capacidade de aprender e reter novos conhecimentos e informações é maior quando vários sentidos estão envolvidos em uma atividade. É por isso que as caixas sensoriais são frequentemente recomendadas para estimular o aprendizado.
Além disso, brincar livremente com a caixa sensorial estimula a imaginação, a criatividade, as habilidades motoras finas para manipular objetos, e até mesmo a linguagem, introduzindo novos vocabulários quando itens desconhecidos são colocados na caixa.
Como fazer uma caixa sensorial?
Agora que você já sabe o que é, para que serve e quais são os benefícios da caixa sensorial, vamos para as dicas de como criar a sua caixa em casa para estimular as crianças a explorarem os cinco sentidos.
1. Prepare a caixa
Para criar sua caixa sensorial, você pode reaproveitar uma caixa de papelão de tamanho grande. É bom que ela seja resistente, para não desmontar logo depois das primeiras brincadeiras.
Se a caixa tiver tampa, você pode fazer um corte nela em formato de círculo, por onde a criança enfiará a mão para retirar os objetos. Não precisa colar ou prender a tampa na caixa: assim, a criança pode brincar livremente, tirando a tampa para ver o que tem dentro.
Ajude a criança a usar retalhos de tecidos, papéis, fitas, adesivos, lantejoulas e outros materiais para decorar a caixa.
2. Selecione os objetos
Quase tudo pode fazer parte da sua caixa sensorial! O interessante é selecionar objetos que estimulem os diferentes sentidos. Junto com a criança, escolha o que será colocado na caixa: procurem em casa e vale também fazer um passeio no bairro, buscando por partes da natureza, como folhas e flores. Veja algumas dicas:
- Objetos com texturas para incentivar o tato, como lixas, pelúcias e tecidos diferentes.
- Objetos com cores e formas distintas para a criança classificá-los a partir da visão.
- Objetos que fazem sons, como chocalhos, apitos e sinos para estimular a audição.
- Objetos perfumados, como sabonetes e flores, para desenvolver o olfato.
- Itens comestíveis como frutas, para estimular o paladar (nesse caso, é recomendado fazer uma caixa inteira com itens comestíveis, para que a criança não acabe se confundindo e colocando outros objetos na boca).
3. Hora de brincar!
A caixa sensorial é um convite para a criança brincar livremente: ao se deparar com a caixa, ela prontamente se colocará em uma postura curiosa sobre o que há dentro e começará a explorar os materiais.
Se a criança precisar de um estímulo extra, você pode orientá-la nas brincadeiras. Uma ideia é pedir para a criança fechar o olho, colocar a mão na caixa e tentar adivinhar o objeto que pegou. Ou então, você pode pedir que ela procure apenas pelos objetos de determinada cor, ou pelos que fazem barulho, que têm determinada textura, etc.
Mais dicas para sua caixa sensorial:
A melhor parte da caixa sensorial é que ela oferece entretenimento, desenvolvimento de habilidades e aprendizados praticamente infinitos. A caixa sensorial nunca fica totalmente pronta, então a brincadeira de criá-la também nunca acaba: a criança pode sempre procurar por novos itens para colocar nela, criando novos jogos ao longo do tempo de acordo com as mudanças nos seus interesses.
Alguns pontos merecem atenção especial:
- Qualquer material usado na caixa sensorial precisa ser limpo e higienizado. Lave os itens recolhidos na rua, como folhas e flores, e deixe secar antes de colocar na caixa.
- Tome cuidado ao usar fitas ou fios: não use pedaços muito longos que possam causar enforcamento.
- Verifique se há alguma possibilidade da criança se machucar com o objeto: se é grande o suficiente para não engasgar, se não tem pontas afiadas ou farpas, se quebra com facilidade.
Outro ponto muito positivo da caixa sensorial é que, ao mesmo tempo em que a criança pode criar a maior bagunça tirando tudo de dentro dela, também é super fácil arrumar tudo: é só colocar os objetos de volta na caixa, e a casa volta a ficar em ordem.
Ver Comentários (2)
É bem interessante essa caixa tátil, gostei muito do conteúdo e das dicas...
Oie, Maria!
Que alegria saber que você gostou! :D